“Como euzinha, aqui no meu universo, posso evitar todas essas catástrofes do mundo?”

Por muito tempo, quando falávamos em sustentabilidade, logo vinha à nossa cabeça coisas muito distantes, relacionadas a objetivos aparentemente inatingíveis, como a extinção definitiva da Mata Atlântica ou o derretimento das geleiras da Antártida, problemas do futuro. Algo que parecia tão grande e em um futuro tão distante que responsabilizámos apenas as empresas - subestimando nosso impacto civil - e paralisávamos, em vez de agir.

Mas há algo que é cada dia mais claro para nós: o futuro é agora mesmo. E, claro, empresas tem grande parcela de culpa, mas nossa contribuição individual é mais que importante, é essencial - porque, além de sermos muitos, temos o poder de afetar essas empresas também: é um ciclo totalmente interligado, que reforça nossa importância individual.

O conceito de sustentabilidade é dos mais simples: utilizar os recursos do nosso planeta considerando que as próximas gerações de humanos também precisarão desses recursos, e por isso devemos usá-los da forma mais econômica possível. Claro, não conseguiremos ser 100% sustentáveis da noite para o dia, mas podemos caminhar a hábitos mais sustentáveis - e olha, garantimos que a consciência é irreversível, você começa a prestar atenção em tudo (e isso é maravilhoso).

Nossa cooperação não envolve um esforço enorme: não temos que abrir mão do conforto e mudar totalmente nosso estilo de vida de vez. Aqui, na Pantys, gostamos de pensar que um primeiro passo são micro mudanças de hábitos. Hoje em dia temos muuuitas alternativas que, além de totalmente indolores, cabem na nossa rotina. E sim, essas mudanças tem um impacto gigantesco, porque somos muitos e porque a ao mudar um hábito, influenciamos as pessoas ao nosso redor e isso vai se ampliando: essas pessoas também tem esse poder de influência e assim nunca estaremos fazendo nada sozinhas. Afinal, a maioria das pessoas estão tentando ser melhores e descobrir maneiras super acessíveis de fazer isso é maravilhoso.

Abaixo reunimos algumas dessas dicas, vamos lá?

Canudinhos: não, obrigada!

Atualmente, o plástico (que vem do petróleo, um recurso que provoca guerras há séculos) é responsável por mais de 90% da poluição marinha. E, se continuarmos no mesmo ritmo, em 2050 haverá mais plástico do que peixe nos no oceano. Mas, graças a nós, isso não vai acontecer, né?

O que sugerimos aqui, é evitar materiais descartáveis, por exemplo: recusando o canudinho. Cá entre nós, se a gente pensar bem, ele nem tem tanta utilidade assim, né? Mas, se você gosta muito e quer continuar usando, sem problemas, hoje tem diversas opções reutilizáveis feitas de bambu ou de vidro, é só levar na bolsa com você e pronto, nem ocupa espaço!

Pele naturalmente mais bela

Além de conter diversos derivados do petróleo também, alguns cosméticos contém o chamado “vilão invisível”, o microplástico, ele fica mais nítido em produtos como os cremes esfoliantes ou em pastas de dente. Por serem muito pequenas (1 a 5mm), essas esferas não são retidas em nenhum tipo de filtro e vão parar direto nos oceanos, sendo muito difícil também de retirá-las. São toneladas e toneladas de plástico que afetam diretamente a vida marinha e nossa própria vida - recentemente foi encontrado microplástico até na água das torneiras*. Uma tristeza, né?

A dica que damos aqui é o investimento em cosméticos orgânicos e naturais. Os cosméticos naturais e orgânicos, além de ajudarem o meio ambiente, na maioria das vezes tem uma ação muito mais efetiva. Isso acontece porque, muitos produtos a base de petrolato, como vaselina e parafina, por exemplo, só dão uma “impressão” de tratamento, mas uma vez interrompido o uso, a pele pode voltar a apresentar os mesmo problemas e até piores.

*O microplástico está presente e tem origem em diversas coisas, para quem quiser saber mais, clica aqui.

Moda de reuso é chique

Como sabemos, as roupas vem do algodão, que é uma planta que podemos cultivar e apesar de parecer ser um recurso infinito e inofensivo, não é bem assim. Para que o algodão nasça, cresça e se desenvolva da melhor forma possível, não depende só da planta em si. Além do desgaste do solo, muita água é gasta nesse processo. Sabia que para produzir uma calça jeans podem ser necessários até 11 mil litros de água? Sim, infelizmente é verdade.

E como podemos ajudar? Uma alternativa incrível e que existe desde os tempos da vovó, são os brechós. Outra opção, é escolher marcas que utilizam tecidos sustentáveis. Existem os tecidos de reuso, que são tecidos já fabricados que são recuperados ou reciclados, ou tecidos de fibras naturais, biodegradáveis e de origem certificada. Além disso, uma dica de amiga: repensar e organizar as roupas que você tem pode ajudar muuuuito. Comprar é muito legal, mas viver com menos nos ajuda a prestar mais atenção no que temos e até a ter um estilo mais definido.

Não existe “jogar fora”: recicle e reutilize

A grande verdade é que não existe “fora”, o lixo só some da nossa vista e vai pra algum lugar da natureza. Por isso, separar o lixo para reciclagem é fundamental e é o mínimo que podemos fazer. Se, infelizmente, onde você mora ainda não tem, só o fato de optar por embalagens de outros materiais, biodegradáveis ou reutilizáveis, por exemplo, já é um grande passo para você ir na raiz do problema e gerar menos lixo. E, caso não tenha opção do produto que você quer em outro tipo de embalagem, use novamente a embalagem na sua casa para outro fim, em vez de comprar uma nova.

Claro, algumas opções mais sustentáveis exigem mais investimento, mas tudo é um ciclo, se você consome menos, você tem condições de consumir melhor e isso faz bem danado!

Sabemos que esse papo é longo - e muito gostoso, hoje foi só um comecinho dessa conversa que iniciamos inspiradas na nossa vontade de mostrar que, se prestarmos mais atenção, existem muuuitas opções para levar uma vida mais sustentável.

E, além disso, acreditamos que, um grande impulso para tudo isso, é resgatarmos nosso senso de pertencimento e de conexão com a natureza. Afinal, fazer o bem para o planeta que a gente vive é fazer o bem para nós mesmas.